O açúcar bruto encerrou o pregão desta quarta-feira (28) em queda na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures US), refletindo um cenário de ampla oferta global e a desvalorização do real frente ao dólar, que favorece as exportações brasileiras — o Brasil é o maior produtor mundial do adoçante.
Os contratos com vencimento em julho de 2025 recuaram 1,85%, fechando a 16,90 centavos de dólar por libra-peso, o que representa queda de 0,32 centavo em relação ao dia anterior. Já a posição para outubro de 2025 terminou cotada a 17,12 centavos, recuo de 1,66%.
A pressão de baixa vem do aumento das expectativas sobre boas colheitas nas principais regiões produtoras do mundo. Ao mesmo tempo, o câmbio desvalorizado no Brasil amplia a competitividade do açúcar brasileiro no mercado internacional, o que pode aumentar ainda mais a oferta global do produto.
Enquanto isso, o mercado aguarda com atenção os dados oficiais de produção de cana-de-açúcar e açúcar da primeira quinzena de maio no Centro-Sul do Brasil. Segundo estimativas da S&P Global Commodity Insights, a produção de açúcar na região pode atingir 2,29 milhões de toneladas, o que representaria uma queda de 11,5% na comparação com o mesmo período de 2024.