O mês de junho será marcado por contrastes climáticos significativos entre as regiões produtoras do Brasil, segundo o mais recente prognóstico divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A principal preocupação está no Matopiba, região que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e parte da Bahia, onde a previsão é de chuvas abaixo da média, o que pode comprometer o desenvolvimento do milho segunda safra, especialmente na fase de floração, quando a cultura demanda maior disponibilidade de água.
“O período é crítico para o milho, e a falta de chuva pode impactar diretamente no rendimento das lavouras”, alerta o Inmet, destacando que os agricultores da região devem redobrar a atenção ao monitoramento climático.
Em contrapartida, o cenário é mais favorável no Centro-Oeste e no Sudeste. Mesmo com acumulados próximos ou um pouco abaixo da média, essas regiões devem manter boas condições para a maturação e a colheita de culturas como cana-de-açúcar e café. Em estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o clima também deve ser benéfico para o milho segunda safra e o trigo, sem previsão de prejuízos significativos.
No Nordeste, há otimismo principalmente na faixa leste, onde está o Sealba (Sergipe, Alagoas e Bahia). Nessa área, a expectativa é de chuvas acima da média, favorecendo os cultivos de feijão e milho de terceira safra. Já no Sul do país, os estados do Paraná e Santa Catarina devem registrar precipitações dentro ou abaixo da média, o que, segundo o Inmet, é positivo para a conclusão da colheita das culturas de primeira safra e do feijão segunda safra.
A previsão de temperatura para junho indica valores acima da média na maior parte do Brasil. No entanto, regiões do Norte e Nordeste devem manter médias próximas à climatologia, entre 25°C e 28°C. No centro-sul do país, mesmo com temperaturas elevadas para a época, áreas mais elevadas de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e toda a Região Sul poderão registrar marcas abaixo dos 15°C devido à atuação de massas de ar frio.
O Inmet reforça a importância do acompanhamento contínuo das condições meteorológicas. “Acompanhamos a evolução dos modelos meteorológicos para fornecer informações atualizadas que auxiliem produtores na tomada de decisões”, conclui o instituto.