O mercado físico do boi gordo iniciou a semana mantendo o padrão dos últimos dias, com cotações relativamente estáveis nas principais praças pecuárias do país durante esta segunda-feira (14). Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, as escalas de abate seguem encurtadas, o que pode gerar negociações acima da média no curto prazo.
A proximidade dos feriados de Páscoa e Tiradentes tende a reduzir o ritmo de negócios nos próximos dias, mas o cenário aponta para um maior apetite de compra da indústria frigorífica a partir da retomada das atividades, prevista para terça-feira (22). As exportações continuam em patamar elevado, favorecidas também pela valorização da carne bovina no mercado internacional.
São Paulo registrou preço médio de R$ 328,67, ligeira queda em relação aos R$ 329 da sexta anterior. Goiás avançou para R$ 321,25 (ante R$ 320,89), Minas Gerais ficou em R$ 320,29 (leve queda frente aos R$ 320,88 anteriores), enquanto Mato Grosso do Sul teve pequena alta, passando de R$ 322,39 para R$ 322,61. Já Mato Grosso se manteve com cotação firme em R$ 330,61.
No mercado atacadista, os preços da carne bovina abriram a semana em alta, com expectativa de aquecimento do consumo na primeira quinzena do mês. O dianteiro ainda é vendido a R$ 20 por quilo, o traseiro a R$ 26 e a ponta de agulha permanece em R$ 18 o quilo.
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada somaram US$ 487,5 milhões nos primeiros nove dias úteis de abril, com média diária de US$ 54,17 milhões, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Ao todo, o país embarcou 98,2 mil toneladas, com média diária de 10,9 mil toneladas e preço médio de US$ 4.965 por tonelada. Na comparação com abril de 2024, houve aumento de 26,6% no valor diário, 15,6% no volume exportado e 9,6% nos preços.
