O aumento nos preços da carne suína foi o principal responsável pela elevação de 0,9% no índice global de preços de carnes da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) em março, em comparação com o valor revisado de fevereiro. Com isso, o índice alcançou média de 118 pontos no mês, o que representa uma alta de 2,7% em relação a março de 2024.
Segundo a FAO, a valorização da carne suína se concentrou principalmente na União Europeia, após a Alemanha recuperar o status de livre de febre aftosa. A mudança levou países como Reino Unido e Irlanda do Norte a suspender as restrições à importação da proteína alemã, o que elevou a demanda no mercado europeu. “A crescente demanda contribuiu para estabilizar o mercado, enquanto o fortalecimento do euro em relação ao dólar dos Estados Unidos apoiou a tendência de alta”, destacou a entidade em nota oficial.
Além da carne suína, também houve aumento nos preços da carne bovina e ovina. No caso da carne bovina, a oferta global restrita e a demanda internacional firme sustentaram a valorização. Já a carne ovina teve aumento impulsionado pela procura sazonal, especialmente no período que antecede a Páscoa. Por outro lado, os preços da carne de frango permaneceram praticamente estáveis, reflexo do equilíbrio entre oferta e demanda global, apesar dos impactos contínuos de surtos de gripe aviária em alguns dos principais países produtores.