A maior produtora de carne Angus da região central do Brasil, segundo o site CarneTec, é a MFG Agropecuária, que recebeu o prêmio “Top Produtor Carne Angus Certificada” no dia 30 de agosto, pela Associação Brasileira de Angus. A homenagem foi dada à produtora para premiar como a maior fornecedora do Brasil Central.
A empresa abateu cerca de 8 mil animais da raça e é uma das maiores terminadoras de bovinos criados em regime intensivo. Até dezembro, deverá abater um total de 280 mil animais.
O gerente corporativo de Originação de Gado, Vagner Lopes, disse que esse é o maior prêmio recebido. “Entendemos que esse é um reconhecimento ao trabalho realizado todos estes anos, não só fomentando genética eficiente da raça angus, como também entregando aos consumidores mais exigentes uma carne de excelente qualidade, por meio de animais bem-acabados”, segundo nota.
Com 15 anos de operações, a MFG é uma das pioneiras na produção de animais meio sangue angus no Brasil Central. Vagner vive o processo desde o início do manejo da raça britânica no cruzamento industrial com espécies zebuínas, como o nelore.
Para conquistar essa condição, a MFG bancou o custo dos protocolos de IATF (Inseminação Artificial por Tempo Fixo) junto aos parceiros para as fêmeas destinadas à reprodução. Após a habilitação das fazendas, elas ainda receberam serviços que eram pagos apenas na entrega dos bezerros nascidos, desmamados ou recriados, incluindo garrotes prontos para abate nas unidades da Marfrig, em parceria pelo Programa Angus Carne Certificada.
Lopes disse também que “nosso projeto começou em 2009, cresceu muito e se perpetua até nossos dias, sempre buscando qualidade e não somente quantidade”.
Para receber o certificado o animal deve ter mínimo de 50% de genética angus, ser jovem, com cobertura de gordura mínima mediana (3 a 6 mm) e conformação de carcaça adequada. As etapas são acompanhadas por técnicos da Associação Brasileira de Angus.
O acompanhamento é feito desde o curral e as carcaças são assistidas em todo o processo industrial. Envolve a tipificação, certificação de desossa e a rastreabilidade. Isso acontece com visitas dos técnicos nas fazendas e na troca de informações com os pecuaristas.
A MFG tem estrutura em cinco estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Rio Grande do Sul. Em 2019, confinou 78,6 mil bovinos e em 2021 superou os 220 mil. Para este ano, deve crescer 28%, com expectativa para 350 mil abates em 2023.
Segundo o CarneTec, “em média, 85% desses animais pertencem a pecuaristas parceiros. O sistema permite aliviar as pastagens, aumentar a taxa de lotação anual das propriedades, incrementar a taxa de desfrute, melhorar o fluxo de caixa, antecipar receitas, produzir mais arrobas de carne por hectare, otimizar a recria, reduzir custo operacional e fugir do efeito boi sanfona”.
“Estamos propondo ser uma extensão da fazenda dos nossos parceiros, em uma espécie de simbiose virtuosa e produtiva, na qual buscamos melhorar a rentabilidade dos pecuaristas, assumindo a terminação de seus animais, a partir das mais modernas tecnologias”, afirma o gerente.
Da Redação