O governo federal anunciou na segunda-feira (30) o Plano Safra 2025/26 da Agricultura Familiar, com R$ 89 bilhões — dos quais R$ 78,2 bilhões via Pronaf, alta de 3% sobre o ciclo anterior. O pacote inclui linhas para seguro, assistência técnica, garantias de preço e compras públicas.
Lideranças do setor comemoraram, mas pediram menos burocracia. João Prieto, da OCB, ressaltou a importância de analisar as linhas equalizadas e o custo final. Já Vânia Pinto, da Contag, elogiou juros de 2% para agroecologia e orgânicos, mas cobrou mais assistência técnica e orçamento para programas como o PAA e o PNAE. "Sem isso, o produtor pode produzir, mas não tem para quem vender", disse.
O plano traz novidades como microcrédito para quintais produtivos de mulheres, ações para mudanças climáticas e reforço na conectividade rural. O setor de máquinas agrícolas também viu avanços, com juros de 2,5% a 5% e limite dobrado para financiamentos de até R$ 100 mil. Mesmo assim, líderes regionais, como Alexandre Leal, da Fetaep, alertam: “Não adianta ter juros bons se o dinheiro acaba antes do fim da safra”.