Serasa Experian: inadimplência cresce no Agro e atinge 7,9% no 1º trimestre

POR ESTADÃO CONTEÚDO
01/07/2025 11h52 - Atualizado há 5 horas

São Paulo, 1 - A inadimplência entre produtores rurais pessoa física no Brasil atingiu 7,9% no primeiro trimestre de 2025, segundo levantamento da Serasa Experian. O índice representa alta de 0,3 ponto porcentual em relação ao quarto trimestre de 2024 e de 0,9 ponto porcentual frente ao mesmo período do ano passado, quando era de 7%.

De acordo com a Serasa, o avanço já era esperado. "Essa flutuação já era esperada, mas é preciso considerar que, durante todo o ano de 2024, mesmo com políticas mais criteriosas de concessão de crédito, outras instabilidades ocorreram no setor. Contudo, o índice de inadimplência não passou da casa dos 7%", disse o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, em nota.

Segundo ele, o comportamento do indicador demonstra a capacidade de adaptação do setor. "De certa forma, podemos ver esse fato com bons olhos, pois ele comprova a resiliência de toda a cadeia agro, que mesmo com desafios de custos e de perdas de receita segue, em sua maioria, honrando compromissos financeiros e fomentando economicamente esse setor tão relevante para o País."

A análise por porte mostra que os grandes proprietários rurais registraram o maior nível de inadimplência, com 10,7%, acima da média nacional. Em seguida, aparecem os produtores 'sem registro de cadastro rural', categoria que abrange arrendatários e integrantes de grupos econômicos ou familiares, com 9,5%. Os médios marcaram 7,8%, e os pequenos, 7,2%. "O destaque para os grandes proprietários reflete uma questão de comportamento, pois mesmo com mais critério para a concessão de crédito esses são perfis que costumam assumir volumes maiores de financiamentos, aumentando a exposição a possíveis riscos e oscilações econômicas de mercado", afirmou Pimenta.

No recorte por região, o Norte apresentou o maior índice de inadimplência rural, com 11,5%, seguido por Nordeste (9,4%), Centro-Oeste (8,5%), Sudeste (6,7%) e Sul (5,4%). Entre os Estados, o maior porcentual foi registrado no Amapá, com 21,2%. Em seguida vieram Rio Grande do Norte (12,8%), Ceará (12,4%), Amazonas (12,3%) e Roraima (12,2%). O menor índice foi o do Rio Grande do Sul, com 4,8%.


Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO
FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO
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