As tentativas de compra abaixo da referência média são recorrentes. Isso ocorre por conta de frigoríficos que ainda se aproveitam da posição confortável em suas escalas de abate para exercer pressão sobre os pecuaristas, diz o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias.
“A incidência de animais a termo mantém os frigoríficos de maior porte em uma posição de grande conforto. No Mato Grosso, o mercado ainda opera em queda em função do número de indústrias que estão em férias coletivas. Enquanto isso, autoridades australianas e neozelandesas negaram que sua carne bovina foi embargada pela China”, diz Iglesias.
Por outro lado, a notícia que a China poderia suspender as compras de carne bovina da Austrália e da Nova Zelândia trouxe alguma esperança para recuperação dos preços. No entanto, ainda não houve nenhuma confirmação.
Dessa maneira, em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi teve queda e o preço cotado foi de R$299. Já em Dourados (MS), os preços se mantém em R$279.
Ao mesmo tempo, em Cuiabá (MT) a arroba de boi gordo caiu ainda mais, ficando em R$273. Simultaneamente, em Uberaba (MG), os preços foram fixados em R$280. Em Goiânia (GO), os preços do boi ficaram estabilizados em R$275 a arroba.
Mercado atacadista
O mercado atacadista de boi gordo segue apresentando preços acomodados. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios voltou a sugerir por preços em queda no curto prazo, em linha com a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo de carne bovina.
O quarto dianteiro do boi continuou com preço de R$16,8, assim como a ponta de agulha também continuou cotada a R$16,75. Por fim, o quarto traseiro do boi ficou cotado em R$21,8 por quilo.
Da Redação, com Canal Rural