Haddad: mercado tem apetite por linhas de crédito para recuperação de pastagens
POR ESTADÃO CONTEÚDO
01/07/2025 13h29 - Atualizado há 5 horas
Brasília, 1 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 1º, que o mercado tem apetite por linhas de crédito blended finance para recuperação de pastagens. O ministro também anunciou que o governo vai parar de tributar investimentos e ampliar a isenção da cesta básica, a partir das mudanças da reforma tributária.
"O apetite do mercado pela linha de crédito, que é uma espécie de blended finance, que nós estamos lançando, está grande. Estamos com uma grande expectativa de começar um trabalho robusto na área de recuperação de pastagens", afirmou Haddad.
Segundo Haddad, os resultados do Ecoinvest, que trabalha na regeneração de pastagens, têm como previsão a recuperação de 40 milhões de hectares. O ministro disse que a questão climática também é uma questão "preocupante" para o governo e disse que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, está atenta sobre o tema.
Para o ministro, além do desmatamento, isso representa um selo de qualidade da produção brasileira. Haddad disse ainda que a questão sanitária é outro elemento essencial para a competitividade dos produtos no mercado internacional.
Haddad também distribuiu afagos ao vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, declarando que, sem ele, não teriam conquistas como a reforma tributária. Para o chefe da Fazenda, as mudanças da reforma se somam às cifras do Plano Safra deste ano.
Sobre o Plano Safra, Haddad disse que os anúncios para o setor empresarial e os agricultores familiar representam o mesmo programa, mas para públicos diferentes. O ministro disse ainda que o governo considera que a agroindústria, hoje, faz parte da realidade do campo.
O ministro afirmou ainda que o governo teve resultados positivos no setor do agronegócio, acima das previsões do mercado. Haddad porém pontuou que o cenário externo e doméstico está sujeito a "chuvas e trovoadas".
"As pessoas estavam legitimamente assustadas com o eventual descontrole dos preços. Mas quando o dólar, ao contrário das previsões de mercado, cedesse e quando a super safra fosse colhida, nós iríamos ter uma deflação dos alimentos como nós tivemos no mês passado", disse Haddad.
Os detalhes do Plano Safra 2025/2026 foram antecipados mais cedo pelo governo. Serão destinados R$ 516,2 bilhões para as linhas de financiamento voltadas aos médios e grandes agricultores, 1,5% mais que na temporada passada.
O Plano Safra 2025/26 contará também com reforço das linhas dolarizadas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), como antecipou o Broadcast Agro. Ao todo, serão R$ 18 bilhões em recursos de linhas do BNDES, sendo R$ 14,4 bilhões em linhas dolarizadas para custeio e investimento a juros entre 8,5% ao ano e 9% ao ano.
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO
FONTE: ESTADÃO CONTEÚDO