Domingo (12), último dia da Feira Noroeste Paulista de Ovinos (FENOVI), realizada em São José do Rio Preto, Noroeste Paulista, foi marcado pela assinatura de um convênio que estimula o desenvolvimento e a expansão da ovinocultura pelo governo do estado de São Paulo.
Ele prevê a realização de provas de performance e eficiência alimentar para reprodutores das raças Dorper e White Dorper. Elas serão realizadas pelo Instituto de Zootecnia de Nova Odessa, órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) e coordenadas pela Associação Brasileira dos Criadores das Raças Dorper e White Dorper (ABCDorper).
Representou o governo do estado o secretário da Agricultura e Abastecimento, Itamar Borges, o prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo (MDB), os presidentes da ABCDorper, Valdomiro Poliselli Júnior, da Associação Paulista dos Criadores de Ovinos (ASPACO), Francisco Manoel Nogueira Fernandes, e da Associação Noroeste Paulista de Ovinocultores (ANPOVINOS) e da FENOVI, Paulo Vianna.
Francisco Manoel Fernandes, presidente da ABCDorper, destaca que a região pode se transformar em um polo um importante polo de ovinocultura. A assinatura do convênio com o governo estadual é mais um passo para que esse projeto se concretize. “O Instituto de Zootecnia é um dos centros de pesquisa mais importantes do Brasil e a realização de provas de performance e eficiência alimentar com reprodutores é um importante incremento para as raças Dorper e White Dorper”, declarou Poliselli Júnior.
O secretário estadual de Agricultura e Abastecimento sinalizou que outras raças ovinas serão beneficiadas futuramente pelos testes que serão feitos pelo Instituto de Zootecnia. “A ASPACO já nos solicitou que outras raças sejam incluídas, e futuras parcerias serão firmadas. Vamos desenvolver a ovinocultura paulista e sermos autossuficentes para atender nossa demanda”, destacou Borges.
Ovinocultura sustentável
Segundo o veterinário Ricardo Lopes Dias da Costa, veterinário, pesquisador e professor do Instituto de Zootecnia, os testes de performance e eficiência alimentar têm o objetivo de deixar a ovinocultura mais eficiente e sustentável, pois permitem uma redução significativa nos gastos do criador com alimentação do animal. “Nossos testes conseguiram chegar a animais que apresentam o mesmo ganho de peso consumindo menos alimentos, numa redução de 40%. É um resultado bastante expressivo para o ovinocultor, pois a alimentação é um dos itens mais caros do confinamento animal.”
Nas provas de performance e eficiência alimentar, segundo Costa, são monitoradas várias características do ovino, entre elas o consumo alimentar residual, que permite mais ganho de peso com menos alimentação. “Essa melhora de eficiência ainda é transmitida pelo animal aos seus descendentes.”
Da Redação, com assessoria FENOVI