O mercado físico do boi gordo registrou preços mais altos nesta terça-feira (5). Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, o atual cenário sugere que esse movimento de alta deve continuar no curto prazo. Um dos fatores que impulsionam essa tendência é a demanda doméstica, que se fortalece com a proximidade do Dia dos Pais, uma data comemorativa que impacta positivamente o consumo de carne bovina.
Os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) reforçam o bom momento do setor, mostrando que, em relação a julho de 2024, houve um aumento de 56,5% no valor médio das vendas externas da proteína e um ganho de 24,5% na quantidade média diária exportada.
Os preços médios do boi gordo registraram aumentos em várias regiões. Em São Paulo, o valor subiu para R$ 303,67, em comparação com os R$ 302 do dia anterior. Goiás teve alta para R$ 288,75, frente a R$ 284,82, e em Minas Gerais o preço foi para R$ 291,76, ante R$ 290,29. O Mato Grosso do Sul alcançou R$ 302,73, contra R$ 301,93, e o Mato Grosso viu o preço subir de R$ 295,68 para R$ 297,64.
No mercado atacadista, os preços da carne bovina também permanecem firmes. A expectativa é de que os valores continuem em alta, especialmente com a entrada de salários e o consumo adicional do Dia dos Pais.
No entanto, esse crescimento pode ser limitado, já que a população brasileira, em geral, ainda opta por proteínas mais acessíveis, como a carne de frango. Os preços de cortes específicos se mantiveram: o quarto traseiro está precificado a R$ 22,40 por quilo, o dianteiro a R$ 17,50, e a ponta de agulha a R$ 17 por quilo.
Finalizando a sessão, o dólar comercial fechou estável, sendo negociado a R$ 5,5060 para venda e R$ 5,5040 para compra, com oscilação entre R$ 5,4986 e R$ 5,5361 ao longo do dia.