Preço do boi gordo avança, mas preocupação com tarifas dos EUA persiste

Mercado interno mostra leve recuperação, mas exportações ficam ameaçadas após medida norte-americana

- Da Redação, com Canal Rural
31/07/2025 09h10 - Atualizado há 1 dia
Preço do boi gordo avança, mas preocupação com tarifas dos EUA persiste
Foto: Embrapa / Fabiano Marques Dourado Bastos

O mercado físico do boi gordo registrou nesta terça-feira (30) negociações pontuais acima da média de referência, conforme análise da consultoria Safras & Mercado. Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, frigoríficos de menor porte lideraram um movimento de recuperação de preços, impulsionados por escalas de abate mais confortáveis.

No entanto, o cenário externo traz preocupação: a confirmação de uma tarifa adicional imposta pelos Estados Unidos não excluiu a carne bovina brasileira da lista de exceções. Isso, segundo Iglesias, torna o produto nacional "notadamente inviável no mercado norte-americano".

A média da arroba apresentou ligeira valorização nas principais praças do país. Em São Paulo, subiu de R$ 295,37 para R$ 296,92. Em Goiás, passou de R$ 275,89 para R$ 278,04. Já em Minas Gerais, a arroba subiu de R$ 285,88 para R$ 287,06. Mato Grosso do Sul registrou alta de R$ 295,57 para R$ 297,16 e, no Mato Grosso, a variação foi de R$ 290,20 para R$ 290,61.

No atacado, os preços da carne bovina seguem estáveis, mas a expectativa é de alguma recuperação no início de agosto, período geralmente mais aquecido para o consumo. Ainda assim, Iglesias alerta que a valorização tende a ser limitada pela forte concorrência das demais proteínas, principalmente a carne de frango, mais acessível ao consumidor.

Os cortes seguem sem alterações: o quarto traseiro está cotado a R$ 21,40 por quilo, o dianteiro permanece em R$ 17,50 e a ponta de agulha a R$ 17.

No câmbio, o dólar comercial encerrou o dia com alta de 0,32%, negociado a R$ 5,5882 para venda e R$ 5,5862 para compra. A moeda oscilou entre R$ 5,5367 e R$ 5,6302 ao longo da sessão, influenciando diretamente os custos e a competitividade do setor agroexportador.


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