O mercado físico do boi gordo registrou nesta terça-feira (30) negociações pontuais acima da média de referência, conforme análise da consultoria Safras & Mercado. Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, frigoríficos de menor porte lideraram um movimento de recuperação de preços, impulsionados por escalas de abate mais confortáveis.
No entanto, o cenário externo traz preocupação: a confirmação de uma tarifa adicional imposta pelos Estados Unidos não excluiu a carne bovina brasileira da lista de exceções. Isso, segundo Iglesias, torna o produto nacional "notadamente inviável no mercado norte-americano".
A média da arroba apresentou ligeira valorização nas principais praças do país. Em São Paulo, subiu de R$ 295,37 para R$ 296,92. Em Goiás, passou de R$ 275,89 para R$ 278,04. Já em Minas Gerais, a arroba subiu de R$ 285,88 para R$ 287,06. Mato Grosso do Sul registrou alta de R$ 295,57 para R$ 297,16 e, no Mato Grosso, a variação foi de R$ 290,20 para R$ 290,61.
No atacado, os preços da carne bovina seguem estáveis, mas a expectativa é de alguma recuperação no início de agosto, período geralmente mais aquecido para o consumo. Ainda assim, Iglesias alerta que a valorização tende a ser limitada pela forte concorrência das demais proteínas, principalmente a carne de frango, mais acessível ao consumidor.
Os cortes seguem sem alterações: o quarto traseiro está cotado a R$ 21,40 por quilo, o dianteiro permanece em R$ 17,50 e a ponta de agulha a R$ 17.
No câmbio, o dólar comercial encerrou o dia com alta de 0,32%, negociado a R$ 5,5882 para venda e R$ 5,5862 para compra. A moeda oscilou entre R$ 5,5367 e R$ 5,6302 ao longo da sessão, influenciando diretamente os custos e a competitividade do setor agroexportador.