Pecuária reage após impacto das tarifas dos EUA

Boi gordo inicia agosto com perspectiva de valorização impulsionada por consumo interno

- Da Redação, com Canal Rural
04/08/2025 09h03 - Atualizado há 1 dia
Pecuária reage após impacto das tarifas dos EUA
Foto: reprodução

Após registrar forte pressão baixista ao longo de julho, o mercado brasileiro do boi gordo começa agosto com sinais de recuperação. Segundo o analista Fernando Iglesias, da Safras & Mercado, a retração foi influenciada tanto pela boa oferta interna quanto pela incerteza gerada pelo tarifário imposto pelos Estados Unidos. No entanto, o setor já assimilou o impacto e esboça recuperação, com negócios sendo fechados em patamares mais altos.

No fechamento de julho, os preços da arroba variaram conforme a praça de comercialização. Em São Paulo, caiu de R$ 310 para R$ 300. Em Goiânia (GO), passou de R$ 295 para R$ 285, e em Uberaba (MG), de R$ 300 para R$ 290. No Mato Grosso, a queda foi mais acentuada: de R$ 315 para R$ 295. Em Vilhena (RO), a arroba recuou para R$ 265. O mercado atacadista também enfrentou recuos: o traseiro bovino caiu 6,96%, cotado a R$ 21,40/kg, e o dianteiro recuou 5,41%, a R$ 17,50/kg.

Apesar da queda generalizada em julho, a perspectiva para agosto é de melhora gradual, especialmente com o aumento da massa salarial e o Dia dos Pais. Iglesias aponta que esse cenário pode estimular o consumo interno e, consequentemente, elevar as cotações, ainda que de forma comedida.
 

As exportações brasileiras de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada renderam US$ 1,35 bilhão em julho, com média diária de embarques de 71,1 mil toneladas. O volume exportado foi de 243,9 mil toneladas, com preço médio de US$ 5.545 por tonelada. Em comparação com 2024, houve aumento de 24,5% na média diária exportada e de 25,8% no preço médio, reforçando a resiliência do setor no comércio internacional, mesmo diante do ambiente tarifário adverso.

 

 


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