Exportações para a China impulsionam expectativa de alta no preço do boi gordo

Indústrias enfrentam dificuldade para encontrar animais dentro do padrão exigido pelos chineses

- Da Redação, com Canal Rural
11/06/2025 08h59 - Atualizado há 2 dias
Exportações para a China impulsionam expectativa de alta no preço do boi gordo
Foto: Sérgio Raposo / Embrapa

O mercado físico do boi gordo segue em relativa estabilidade, mas com registros pontuais de negócios acima da média de referência nesta terça-feira (10). A tendência, no entanto, é de alta nos preços nos próximos dias.

O principal fator por trás desse movimento é a demanda aquecida da China, que tem exigências específicas para a importação da carne brasileira. A dificuldade em encontrar animais jovens que atendam a esses padrões tem limitado a oferta disponível para exportação, o que pressiona as cotações.

De acordo com Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado, as indústrias frigoríficas continuam operando com escalas de abate curtas, entre cinco e sete dias úteis na média nacional. A limitação na oferta de bois prontos para exportação eleva a concorrência entre compradores e favorece a valorização da arroba. Iglesias avalia que as exportações seguem em ótimo ritmo e continuam sendo o principal motor de demanda neste momento, o que reforça a expectativa de elevação dos preços.

Os preços da arroba do boi gordo variam de estado para estado, com algumas altas registradas em relação aos dias anteriores. Em São Paulo, a média ficou em R$ 316,33, levemente abaixo do valor de ontem (R$ 316,67). Em Goiás, houve alta, passando de R$ 300,54 para R$ 301,43. Em Minas Gerais, o preço se manteve estável em R$ 300,29. No Mato Grosso do Sul, a arroba permanece em R$ 313,86. Já no Mato Grosso, subiu de R$ 310,54 para R$ 311,89.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina continuam acomodados, mas a expectativa é de melhora com a entrada dos salários no início do mês, o que deve impulsionar a reposição entre atacado e varejo. Iglesias destaca que o comportamento das proteínas concorrentes, especialmente o frango, ainda exerce influência sobre o andamento do mercado.

Atualmente, o quarto traseiro permanece em R$ 24,50 por quilo, o dianteiro em R$ 19,50 e a ponta de agulha em R$ 18,50 por quilo.


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