O mercado físico do boi gordo permaneceu em ritmo estável nesta quarta-feira (11), com preços acomodados, embora algumas negociações venham sendo realizadas acima das referências médias. Analistas indicam que os frigoríficos atuam com escalas de abate entre cinco e sete dias úteis na média nacional, o que garante maior tranquilidade nas compras e, ao mesmo tempo, espaço para negociações mais atrativas.
Segundo Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado, o cenário ainda apresenta certa dificuldade na aquisição de animais mais jovens, especialmente os que atendem aos critérios exigidos pelo mercado chinês. A China, aliás, continua como grande impulsionadora da cadeia pecuária nacional, com desempenho expressivo nas exportações, que já apontam para um novo recorde de embarques em 2025.
As cotações da arroba do boi gordo refletem essa estabilidade, com variações pontuais nas principais praças pecuárias.
Em São Paulo, a arroba é negociada a R$ 317,25, ligeiramente acima dos R$ 316,33 registrados no dia anterior. Em Goiás, o preço permanece estável em R$ 301,43. Já em Minas Gerais, houve leve alta, com a arroba passando de R$ 300,29 para R$ 300,88. No Mato Grosso do Sul, o valor subiu de R$ 313,86 para R$ 314,32. No Mato Grosso, a cotação avançou de R$ 311,89 para R$ 314,59.
No mercado atacadista, os preços da carne bovina também permanecem firmes, mas com sinais de possível elevação no curto prazo, impulsionada pela entrada de salários na economia e pela expectativa de aumento na reposição entre atacado e varejo. O quarto traseiro segue cotado a R$ 24,50 por quilo, o dianteiro se mantém em R$ 19,50 por quilo, e a ponta de agulha continua no patamar de R$ 18,50 o quilo.
Apesar do otimismo com a carne bovina, o setor acompanha com cautela o comportamento das proteínas concorrentes, especialmente o frango, que ainda apresenta cenário de preços mais acessíveis ao consumidor, gerando preocupações com a competitividade no varejo.