A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) divulgou nesta quinta-feira (12) que há 41% de chance de formação do fenômeno La Niña durante o verão do Hemisfério Sul, entre novembro de 2025 e janeiro de 2026. Ainda assim, o cenário de neutralidade climática continua sendo o mais provável, com 48% de chance de persistência no mesmo período.
Segundo a NOAA, o atual estágio do ENSO (El Niño/Oscilação Sul) permanece neutro. As temperaturas da superfície do mar (TSM) no Pacífico equatorial estão próximas da média, oscilando entre -0,1°C e +0,4°C, e não há indícios claros de uma tendência firme nem para El Niño nem para La Niña neste momento.
A La Niña ocorre quando as águas superficiais do Pacífico tropical se resfriam abaixo da média, os ventos alísios se intensificam e há menos chuva no Pacífico central. No Brasil, esse padrão costuma provocar mais chuvas na região Norte e seca no Sul. Já o El Niño, efeito oposto, traz águas mais quentes, ventos mais fracos e chuva mais abundante no Sul brasileiro.
O relatório também destaca que modelos climáticos do IRI (Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima e a Sociedade) e do North American Multi-Model Ensemble (NMME) mantêm a previsão de neutralidade até o início de 2026. No entanto, a incerteza aumenta a partir da primavera, período historicamente mais sujeito a mudanças nos padrões oceânicos e atmosféricos.
Os especialistas continuam monitorando os sinais no Pacífico tropical, incluindo variações de temperatura em profundidade e padrões de convecção atmosférica. A próxima atualização da Discussão de Diagnóstico do ENSO está prevista para o dia 10 de julho de 2025.