O mercado físico do boi gordo mostrou sinais de recuperação nesta terça-feira (3), com os preços da arroba ensaiando nova alta em várias regiões do país. Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, a oferta de animais jovens tem sido o maior desafio para a indústria frigorífica, enquanto a demanda por fêmeas, principalmente vaca gorda, ainda está presente em diferentes regiões.
O principal motor da valorização dos preços é o desempenho positivo das exportações brasileiras, que caminham para um recorde histórico de embarques, impulsionando a retomada dos valores da arroba no início de junho.
Assim, os preços a prazo da arroba do boi gordo subiram em estados importantes. Em São Paulo, passou de R$ 308,75 para R$ 310,92; em Goiás, de R$ 290,54 para R$ 291,43; em Minas Gerais, de R$ 292,94 para R$ 293,82; em Mato Grosso do Sul, de R$ 305 para R$ 306,14; e em Mato Grosso, de R$ 300,61 para R$ 302,84.
No mercado atacadista, os preços da carne bovina mantiveram-se estáveis, mas a expectativa é de alta no curto prazo, especialmente com a entrada dos salários na economia, o que deve estimular a reposição entre atacado e varejo.
Iglesias destaca ainda que a recente queda nos preços do frango, impactada pelo surto de gripe aviária, ainda não refletiu de forma expressiva no varejo. Entretanto, acredita-se que, ao longo de 2025, o consumidor tenderá a optar por proteínas mais acessíveis, o que pode favorecer a carne bovina. No atacado, o quarto traseiro da carne está cotado a R$ 23 por quilo, o dianteiro a R$ 18,50 e a ponta de agulha a R$ 18;
No cenário cambial, o dólar comercial recuou 0,64%, sendo negociado a R$ 5,6367 para venda ao final do dia, com variação entre R$ 5,6252 e R$ 5,7102 durante a sessão, fator que pode colaborar para a competitividade das exportações brasileiras no mercado internacional.
