O mercado físico do boi gordo registrou nova alta nesta quarta-feira (4), impulsionado pela dificuldade da indústria frigorífica em adquirir animais jovens, especialmente os aptos para exportação à China, e pelo ritmo acelerado das vendas externas.
Segundo Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado, a demanda internacional tem sido o principal motor das cotações, enquanto o encurtamento das escalas de abate sugere manutenção da tendência de valorização no curto prazo.
Os preços médios da arroba do boi subiram em diversas regiões. Em São Paulo, chegou a R$ 313,25 (ante R$ 310,92 na terça); no Mato Grosso do Sul, R$ 309,43; em Minas Gerais, R$ 295,29; no Mato Grosso, R$ 304,39; e em Goiás, R$ 291,79.
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ainda mostram espaço para novos ajustes, acompanhando o aumento do poder de compra da população com a entrada dos salários. O traseiro segue cotado a R$ 23 o quilo, o dianteiro a R$ 18,50 e a ponta de agulha a R$ 18.
Apesar da firmeza no mercado do boi, Iglesias aponta que o consumidor tende a priorizar proteínas mais acessíveis, como carne de frango, ovos e embutidos, o que pode limitar repasses no varejo.
No câmbio, o dólar comercial fechou em leve alta de 0,12%, vendido a R$ 5,6440 e comprado a R$ 5,6420, após oscilar entre R$ 5,6105 e R$ 5,6525 ao longo do dia.