O mercado brasileiro de carne suína registrou leve alta nos preços nesta semana, com o quilo vivo passando de R$ 7,80 para R$ 7,81 na média nacional. Os cortes de atacado também apresentaram valorização, com o pernil subindo de R$ 14,20 para R$ 14,29 e a carcaça de R$ 12,61 para R$ 12,73, segundo levantamento da Safras & Mercado.
O analista Allan Maia, da Safras & Mercado, atribui a sustentação dos preços a três fatores principais - a entrada dos salários, as comemorações do Dia das Mães e o equilíbrio entre oferta e demanda.
"A indústria tem atuado com cautela nas negociações, enquanto os produtores mantêm oferta controlada, criando um cenário favorável para os preços", explicou.
Sobretudo, os preços seguiram estáveis na maioria das principais regiões produtoras. São Paulo seguiu com a arroba a R$ 163, enquanto no Paraná houve leve alta no mercado livre, de R$ 8,25 para R$ 8,30. Santa Catarina e Rio Grande do Sul mantiveram valores entre R$ 6,60 (integração) e R$ 8,25 (mercado livre).
As exportações continuam robustas, com desempenho destacado em abril. Os embarques de carne suína in natura renderam US$ 245,8 milhões no mês, com média diária de 5.827 toneladas - alta de 32,5% em volume e 42,9% em valor frente a abril de 2024.
Outro fator positivo para o setor é a queda nos preços do milho, principal componente dos custos de produção. "A redução nos valores do milho pode alargar as margens dos produtores nos próximos meses", projetou Maia, indicando cenário favorável para a suinocultura brasileira no curto prazo.