O mercado brasileiro de soja registrou uma terça-feira (6) de estabilidade nos preços e baixo volume de negócios. A combinação de uma oferta controlada pelos produtores, a valorização do dólar e a pressão vinda da Bolsa de Chicago resultou em poucas oscilações nas principais praças do país. A única exceção foi Rondonópolis (MT), onde a saca recuou de R$ 115 para R$ 114.
Segundo o consultor Rafael Silveira, da Safras & Mercado, o produtor nacional está cauteloso após realizar boas vendas em abril e agora libera a oferta de forma gradual. Do outro lado, compradores que antes se mostravam mais agressivos nas exportações agora estão mais contidos, o que amplia a diferença entre os preços pedidos e os ofertados. “As indicações não estão tão firmes”, explicou Silveira.
As cotações permaneceram estáveis em diversos pontos do país: R$ 126 em Passo Fundo (RS), R$ 127 em Santa Rosa (RS) e Cascavel (PR), R$ 131 no Porto de Rio Grande (RS), R$ 133 no Porto de Paranaguá (PR), R$ 118 em Dourados (MS) e R$ 115 em Rio Verde (GO).
No cenário internacional, os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago encerraram o dia em baixa. O avanço acelerado do plantio nos Estados Unidos e a falta de avanços nas negociações comerciais entre China e EUA pressionaram os preços. Dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) apontam que até o dia 4 de maio, 30% da área destinada à soja já havia sido semeada, um ritmo superior ao dos anos anteriores.
O contrato da soja para julho caiu 4,25 centavos, fechando a US$ 10,41 1/4 por bushel. Já o contrato para novembro recuou 4,50 centavos, a US$ 10,35 3/4 por bushel. Entre os subprodutos, o farelo para julho recuou US$ 2,50, cotado a US$ 295,70 por tonelada. O óleo de soja fechou a 48,35 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 0,38 centavo.
O dólar comercial teve leve alta de 0,36% nesta terça, encerrando cotado a R$ 5,7103 para venda e R$ 5,7083 para compra, oscilando entre R$ 5,6930 e R$ 5,7380 ao longo do dia. A valorização da moeda americana ajudou a limitar o impacto negativo de Chicago sobre os preços internos da soja, mas não foi suficiente para reaquecer os negócios.
