A missão brasileira liderada pela Apex-Brasil e pelo Itamaraty desembarcou nesta sexta-feira (25) em Varsóvia, capital da Polônia, para discutir o acordo entre Mercosul e União Europeia. A Polônia foi o primeiro país europeu a se manifestar publicamente contra a celebração do tratado, posição que acabou sendo fortalecida posteriormente pela França.
Apesar da resistência, o embaixador do Brasil na Polônia, Haroldo Macedo Ribeiro, afirmou que o posicionamento polonês não está relacionado a dúvidas sobre a qualidade dos produtos agropecuários brasileiros.
"Ao contrário disso, há muito interesse e confiança no que o Brasil produz e exporta para a Polônia. As razões [para a oposição] têm outra natureza, e não envolvem questões de qualidade ou ambientais", garantiu o diplomata.
Em 2024, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os principais produtos brasileiros exportados para a Polônia foram matérias-primas não comestíveis (US$ 343,9 milhões), produtos alimentícios e animais vivos (US$ 319,9 milhões), máquinas e equipamentos de transporte (US$ 63,6 milhões), artigos manufaturados (US$ 55,4 milhões) e bebidas e tabaco (US$ 44,5 milhões).
A programação da missão seguiu em Varsóvia até o último sábado (26). Na sequência, a comitiva brasileira se deslocou para Bruxelas, na Bélgica, onde continuará as negociações a partir desta segunda-feira (28).