O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarcou nesta terça-feira (6) para uma viagem diplomática à Rússia e à China, com foco na diversificação comercial e no fortalecimento das relações bilaterais. A visita à China, a convite do presidente Xi Jinping, inclui a participação na cúpula entre a China e os países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nos dias 12 e 13 de maio, e a assinatura de, pelo menos, 16 acordos bilaterais entre os dois países.
De acordo com o secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Eduardo Paes Saboia, a lista de acordos é “prolífica e variada” e pode ser ampliada, com outros 32 atos ainda em negociação. Saboia destacou a importância da China como o maior parceiro comercial do Brasil e ressaltou a intenção de estreitar ainda mais os laços nas áreas de infraestrutura, finanças e inovação tecnológica, além de atrair investimentos chineses para projetos de neoindustrialização e transição energética.
A visita de Lula à China ocorre no contexto de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China, com o Brasil buscando manter boas relações com ambas as potências. “O Brasil não quer contencioso com nenhum país e valoriza as relações sólidas com a China”, afirmou Saboia, reforçando o compromisso de o Brasil atuar de forma independente em suas alianças internacionais.
Antes de sua visita a Pequim, Lula passará pela Rússia, entre 8 e 10 de maio, para participar das comemorações dos 80 anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, um evento de grande importância para o governo russo. Durante a visita, Lula se reunirá com o presidente Vladimir Putin e firmará acordos na área de ciência e tecnologia, com foco no reequilíbrio da balança comercial entre os dois países.