​Mercado do boi gordo permanece com cenário de altas em diversas regiões do Brasil

Demanda aquecida e escalas de abate reduzidas elevam cotações nas principais regiões produtoras

Foto: Divulgação / Ministério da Agricultura

O mercado físico do boi gordo voltou a registrar alta nos preços nesta quarta-feira (9), impulsionado por uma combinação de fatores que incluem a demanda interna e, principalmente, internacional. O Brasil continua em posição de destaque no mercado global de carne bovina, com grande potencial para atender à crescente demanda externa. Ao mesmo tempo, as escalas de abate permanecem apertadas e elevam a pressão sobre os preços.

Segundo Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras & Mercado, a expectativa ainda é de que o movimento de alta persista no curto prazo, muito por conta da escassez de animais para abate e o aumento da demanda.
 
Na principal praça pecuária do país, São Paulo, a arroba do boi gordo foi cotada a R$ 295,33, uma das mais altas do mercado. Em Goiás, o valor chegou a R$ 279,46, e em Minas Gerais, a arroba foi negociada a R$ 289,71. O Mato Grosso do Sul também registrou aumento, com o preço alcançando R$ 288,52.
 
No mercado atacadista, o cenário também é de alta. O quarto traseiro da carne bovina foi precificado a R$ 22,00 por quilo, com aumento de R$ 0,50. O quarto dianteiro, por sua vez, subiu R$ 1,50, sendo vendido a R$ 18,00 por quilo. A ponta de agulha registrou aumento similar, com o quilo sendo negociado a R$ 17,00.
 
Apesar das elevações, o analista destaca que a carne bovina pode perder competitividade no curto prazo em relação a proteínas de menor valor agregado, como o ovo, embutidos e a carne de frango. No entanto, o mercado segue atento ao comportamento da demanda, especialmente nas exportações, que têm garantido o desempenho robusto do setor bovino no Brasil.
 
No câmbio, o dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,97%, sendo negociado a R$ 5,5865 para venda e a R$ 5,5844 para compra, oscilando entre R$ 5,5320 e R$ 5,5988 ao longo do dia.