13/11/2024 às 10h55min - Atualizada em 13/11/2024 às 10h55min

​Escalas de abate e exportações aquecidas mantêm preços do boi em alta

Frigoríficos reforçam compras diante de cenário favorável no câmbio e alta demanda internacional

- Da Redação, com Canal Rural
Foto: Divulgação / Embrapa
O mercado físico do boi gordo registrou alta nos preços nesta terça-feira (12), impulsionado por escalas de abate apertadas, que atualmente se mantêm entre quatro e cinco dias úteis na média nacional. O ambiente de negócios ainda indica uma possível manutenção desse movimento no curto prazo, em meio à demanda consistente.

Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, os frigoríficos exportadores continuam com forte atuação no mercado, motivados pela recente movimentação favorável do câmbio e pelo ritmo acelerado das exportações nas últimas semanas.
 
As cotações médias da arroba do boi a prazo apresentam alta em várias regiões do país. Em São Paulo, o valor médio da arroba está em R$ 337,00, enquanto em Goiás é de R$ 328,75. Já em Minas Gerais, o preço médio chega a R$ 327,94, no Mato Grosso do Sul é cotado a R$ 325,34, e no Mato Grosso, a R$ 314,12. Esses valores refletem o cenário de demanda aquecida e a pressão das exportações, que seguem favorecidas pelo câmbio.
 
No mercado atacadista, a valorização também é percebida, com expectativas de que os preços continuem firmes nos próximos dias, acompanhando o crescimento da demanda, especialmente nesta primeira quinzena de novembro. Atualmente, o quarto dianteiro está sendo negociado a R$ 19,50 por quilo, o quarto traseiro a R$ 24 por quilo, e a ponta de agulha a R$ 18,20 por quilo. Esses valores refletem a boa demanda e o contexto econômico, que coloca a carne bovina em um patamar competitivo, embora o consumo de carne de frango também deva se fortalecer, impulsionado pelo menor poder de compra da população brasileira.
 
O dólar comercial encerrou a sessão em leve alta de 0,05%, sendo negociado a R$ 5,7730 para venda, o que reforça a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional e mantém a pressão de alta sobre os preços internos do boi gordo.

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