24/09/2024 às 11h07min - Atualizada em 24/09/2024 às 11h07min
Boi gordo começa a semana em alta, mas oferta de confinamento pode mudar cenário em outubro
Indústria enfrenta dificuldades com escalas curtas, e mercado atacadista registra aumentos significativos
- Da Redação, com Canal Rural
Foto: Reprodução O mercado físico do boi gordo iniciou a semana com forte elevação nos preços, impulsionado pela demanda crescente, principalmente no setor de exportações. No entanto, a previsão de maior oferta de animais confinados em outubro pode alterar esse panorama.
De acordo com Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras & Mercado, as indústrias estão com dificuldades para avançar nas escalas de abate, que seguem curtas com variação entre cinco e seis dias úteis. Essa limitação contribui para a sustentação das cotações em níveis elevados.
Os valores da arroba do boi permanecem aquecidos em diversas regiões do Brasil. Em São Paulo, o preço médio atingiu R$ 265,50, seguido por Mato Grosso do Sul, onde foi registrado R$ 268,86. Em Goiás, a arroba é cotada a R$ 257,50, enquanto em Minas Gerais está em R$ 259,71. Mato Grosso, por outro lado, registrou o preço mais baixo entre as principais praças, com a arroba cotada a R$ 233,78.
Apesar desse cenário de alta, a entrada de oferta dos confinamentos, prevista para outubro, pode exercer uma pressão negativa nos preços, à medida que o volume de animais prontos para o abate aumenta. Segundo Iglesias, "mesmo com essa previsão de oferta maior, a demanda, especialmente para exportação, tem sido uma variável essencial para manter os preços elevados, e isso pode continuar até que a nova oferta entre no mercado."
No mercado atacadista, o movimento de alta também foi observado. O preço do quarto traseiro subiu para R$ 19,90 por quilo, um aumento de R$ 0,40 em relação à última semana. O quarto dianteiro, por sua vez, está sendo cotado a R$ 15,15 por quilo, e a ponta de agulha permanece a R$ 15 por quilo. Esses aumentos refletem um período de maior demanda no início do mês, típico da primeira quinzena de outubro, quando o consumo tende a crescer, puxando os preços para cima.
A expectativa é que o mercado de carne bovina continue com preços sustentados no curto prazo, mas as projeções para o final do mês dependerão do impacto da oferta de confinamento.