​Poder de compra dos suinocultores paulistas avança com alta nos preços

Valorização do vivo supera a dos principais insumos, como milho e farelo de soja

Foto: Embrapa

O poder de compra dos suinocultores paulistas registrou um avanço em setembro, impulsionado pela valorização do preço do suíno em relação aos principais insumos utilizados na atividade, como milho e farelo de soja. De acordo com os levantamentos divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta quinta, 12, este movimento é um reflexo da alta superior do preço do suíno em comparação com a valorização desses insumos.
 
A valorização do suíno deve-se a uma combinação de fatores, incluindo uma boa liquidez da carne e a menor disponibilidade de animais em peso ideal para o abate. A escassez de suínos com características ideais para o mercado tem contribuído para a alta dos preços, conforme reportado pelo Cepea.
 
No mercado de milho, a Equipe Grãos/Cepea observou que os vendedores estão limitando a oferta devido às recentes valorizações, tanto no cenário externo quanto interno, além das preocupações com o clima nas principais regiões produtoras da safra de verão no Brasil. Essa cautela dos vendedores está ajudando a sustentar os preços do milho.
 
Em relação ao farelo de soja, a situação também está sendo monitorada de perto. A ausência de chuvas tem gerado apreensão entre os produtores, pois pode atrasar o início da semeadura da temporada 2024/25. Como resultado, os vendedores estão reduzindo a oferta no mercado spot, enquanto tanto os consumidores domésticos quanto internacionais competem para adquirir novos lotes de farelo de soja.