17/08/2021 às 16h23min - Atualizada em 18/08/2021 às 12h46min

Falta de animais para abate ameaça atividade de frigoríficos no MT

A falta de animais para abate pode comprometer a atividade da indústria frigorífica no estado do Mato Grosso, principal produtor de carne bovina do Brasil. O presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Mato Grosso (Sindifrigo), Paulo Bellincanta disse que a falta da matéria-prima tem trazido sérios prejuízos para o setor – que em 2020 já operou com 58% da capacidade.

Preocupado com a situação dos frigoríficos no estado, o Sindifrigo emitiu uma nota nesta segunda (16), onde chama a atenção para o cenário deficitário.

De acordo com o comunicado da Sindifrigo, a arroba registrou, com atraso de anos, uma correção dos preços aos patamares internacionais e esses valores serão mantidos. Esse fato, segundo a nota, fez com que o preço da carne para o mercado interno precisasse ser reajustado, o que aconteceu de maneira rápida e em um cenário de crise provocado pela pandemia da Covid-19.

A nota diz ainda que em 2018, os frigoríficos do estado abateram 5.310.000 animais, arrecadando R$ 297 milhões. Já em 2020 houve uma redução no abate para 5.126.000 animais, com receita de R$ 432 milhões.

Leia, abaixo, nota da Sindifrigo publicada nas redes sociais da instituição.

O estado de Mato Grosso , maior produtor de carne bovina do país, corre o risco de não ter gado suficiente para o abate, é a declaração de Paulo Bellincanta, presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do estado (Sindifrigo-MT).

A arroba do boi, com atraso de anos, atingiu os patamares dos preços internacionais e permanecerá neles. Este fato exigiu o ajuste no preço da carne para o mercado interno, o que ocorreu de maneira muito rápida em um momento em que a economia sofre com a realidade da pandemia.

“São hábitos e costumes enraizados em nossa cultura e que precisarão se adaptar. A dura realidade da falta de matéria-prima tem trazido sérios problemas para o setor. Soma-se à ociosidade, que tem batido recordes a cada ano, o fator dos preços do produto final para o consumidor. O desequilíbrio entre a exportação e o mercado interno tem provocado um desequilíbrio maior ainda entre empresas exportadoras e não exportadoras”, afirma Bellincanta.

Da Redação.

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