​Venda de sêmen para pecuária leiteira e de corte apresenta variações em 2023

Estudo do Cepea revela tendências e desafios no mercado de reprodução animal

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O mercado brasileiro de reprodução animal registrou a venda de 22,5 milhões de doses de sêmen ao longo de 2023, de acordo com pesquisas realizadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia). Esses dados, parte do relatório setorial Index Asbia divulgado nesta quinta (22), indicam uma queda de 2,8% em relação ao ano anterior.

A redução nas vendas totais de sêmen em 2023 foi atribuída principalmente à diminuição na comercialização de doses destinadas à pecuária de corte, que registrou uma queda de 5,4% entre 2022 e 2023. No entanto, é importante destacar que essa retração foi menos intensa do que a observada em 2022, quando houve uma diminuição de 9,33% em comparação com o pico de negociação em 2021.

Por outro lado, houve uma recuperação nas vendas de sêmen para o segmento de leite, com um aumento de 6,44% de 2022 para 2023. Este fato é atribuído ao potencial ritmo de recomposição do plantel de vacas leiteiras, após períodos de retração nos preços do leite e aumento nos custos durante os períodos finais da pandemia.

As estimativas indicam que o percentual de fêmeas bovinas inseminadas no Brasil permanece em patamares acima de 20%, com 23,1% para as fêmeas de corte e 12,3% para as do setor leiteiro. No entanto, os investimentos em tecnologias de melhoramento genético ainda são relativamente baixos no setor leiteiro em comparação com o de corte.

Em relação às exportações, houve uma pequena retração de 0,9% em 2023 em comparação com o ano anterior. Os países do Mercosul continuam sendo os principais clientes da genética nacional, mas novos parceiros comerciais, como a Índia, demonstram o potencial do Brasil como fornecedor de tecnologia no mercado de reprodução animal.