Brasil autoriza 30 novos defensivos; seis de baixo impacto e 4 orgânicos

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou o registro de 30 novos defensivos agrícolas, sendo 6 deles classificados como de baixo impacto, com 4 destinados ao uso na agricultura orgânica. Essa atualização reforça a crescente preocupação em promover práticas agrícolas sustentáveis no país.
 
Dentre os produtos biológicos registrados, destaca-se o parasitoide Diachasmimorpha longicaudata, o primeiro produto desse tipo a ser registrado no Brasil para o controle de diversas espécies de moscas-das-frutas. Esse registro foi automaticamente concedido como "produto fitossanitário com aprovação para uso na agricultura orgânica", mostrando a relevância do avanço em práticas de controle biológico no país.
 
Esse produto é especialmente recomendado para o controle da mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae), que ataca uma variedade de frutos e é uma das pragas de maior importância econômica para o Brasil. Com o registro desse produto, a agricultura ganha uma nova técnica de controle biológico no combate a essa praga, especialmente no subprograma oficial de supressão com vistas à erradicação da Bactrocera carambolae, executado pelo Mapa.
 
Outro destaque é o registro de um novo fungicida denominado mefentrifluconazole, entre os produtos químicos aprovados. Esse fungicida possui uma ampla ação de controle contra diversos patógenos em várias culturas, além de possuir propriedades protetoras e curativas, atuando em diferentes estágios de desenvolvimento dos fungos. Vale ressaltar que o mefentrifluconazole já está registrado em outros países, como nos Estados Unidos e na União Europeia.
 
No total, ao longo deste ano, já foram registrados 151 produtos defensivos agrícolas, dos quais 34 são classificados como de baixo impacto. Esses registros demonstram a crescente preocupação em adotar práticas agrícolas mais sustentáveis no Brasil. Todos os produtos registrados passaram por análises e aprovações dos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, seguindo critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.
 
O incentivo ao registro de defensivos genéricos é visto como importante para reduzir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, resultando em um comércio mais justo e menores custos de produção para a agricultura brasileira.
 
 O governo diz que todos os produtos registrados passaram por análises e aprovações dos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, seguindo critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.