Margem das indústrias de soja cai mesmo com safra recorde

Alta nos preços do grão e baixa demanda por óleo afetam rentabilidade das processadoras brasileiras

- Da Redação, com MoneyTimes
16/06/2025 09h09 - Atualizado há 4 dias
Margem das indústrias de soja cai mesmo com safra recorde
Foto: Reprodução

Apesar da colheita recorde de soja no Brasil em 2025, as margens das indústrias processadoras têm recuado, segundo análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. A combinação de grão valorizado e queda nos preços do farelo e do óleo de soja comprometeu a rentabilidade das empresas.

Entre os dias 5 e 12 de junho, a margem de esmagamento recuou 8,35%, para R$ 370,24 por tonelada em São Paulo. O retorno financeiro sobre o custo da soja caiu para 18,3%, abaixo dos 19,9% da semana anterior e dos 24,7% registrados no mesmo período de 2024.

A desvalorização do óleo de soja é atribuída, principalmente, à baixa demanda interna, especialmente pelo setor de biodiesel. Havia expectativa de que o governo aumentasse o teor de biodiesel na mistura com diesel de 14% para 15%, o que não se concretizou por temores inflacionários.

A Binatural, uma das maiores produtoras de biodiesel do país, afirmou que o setor tem capacidade para operar com índices superiores ao B15, com viabilidade projetada até para B20 e B25. Apesar disso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu a estimativa de esmagamento da soja em 2025 para 56,15 milhões de toneladas, recuo de 1,6% frente ao relatório anterior.


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