A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou nesta semana novos painéis do projeto Campo Futuro, voltados à coleta e análise de dados sobre os custos de produção em diferentes cadeias agropecuárias. Os encontros ocorreram nos estados do Acre, Bahia e Minas Gerais, com foco na pecuária de corte, na cafeicultura e na produção de cana-de-açúcar.
No Acre, o levantamento concentrou-se na pecuária de corte. Em Cruzeiro do Sul, foi analisada uma propriedade de ciclo completo com cria, recria e engorda onde o custo operacional efetivo (COE) foi de R$ 171,03 por arroba. O principal gasto foi com mão de obra contratada e diaristas (45,1%), seguido por suplementação mineral (12,9%).
Em Sena Madureira, a atividade predominante é a cria de bezerros a pasto. O custo direto por arroba foi de R$ 65,00, com suplementação mineral e reposição do rebanho entre os principais componentes. Já em Rio Branco, a suplementação mineral representou 29,3% do COE, seguida por combustível (18,9%) e mão de obra (14,3%). Em Xapuri, o custo por arroba vendida foi de R$ 107,16.
Na Bahia, os dados foram coletados na Chapada Diamantina, tradicional produtora de café arábica. Em Ibicoara, a propriedade típica usa manejo semimecanizado em três hectares, com mão de obra respondendo por 55% dos custos. Em Piatã, os custos subiram 8% em relação a 2024, puxados principalmente pela alta de 34% nos gastos com pessoal. A produtividade média foi de 20 sacas por hectare, ligeiramente acima da safra anterior.
Já em Minas Gerais, os painéis foram realizados no Triângulo Mineiro, nas cidades de Campo Florido e Frutal. Em Campo Florido, uma propriedade de 1.000 hectares alcançou produtividade de 90 toneladas por hectare, mas viu suas margens diminuírem, mesmo com avanço do plantio mecanizado. Em Frutal, com 500 hectares de área, a produtividade média foi de 80 toneladas por hectare, com divisão equilibrada entre plantio manual e mecanizado.