Começa nesta segunda-feira (28) a terceira etapa da vacinação contra a Peste Suína Clássica (PSC) no estado de Alagoas. A expectativa é imunizar, até 31 de dezembro, uma média de 130 mil suínos em cerca de sete mil propriedades.
Essa vacinação é parte do Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica (PSC) em Alagoas, iniciativa lançada em 2021 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), além de setores da iniciativa privada.
As vacinas são bancadas por uma parceria público-privada. São aproximadamente R$ 6 milhões investidos. As doses que serão utilizadas nesta etapa de vacinação foram adquiridas pelo Mapa, sendo sua distribuição realizada em parceria com a Adeal.
“Mesmo vivendo um momento desafiador para a suinocultura, com a elevação dos custos de produção e economia mundial conturbada, o setor vem investindo sistematicamente na erradicação da PSC do Brasil”, afirma o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes.
A vacinação é gratuita e o armazenamento das vacinas será realizado em revendas agropecuárias parceiras. Já a aplicação será feita por meio de vacinadores contratados pela iniciativa privada.
A imunização contra a PSC em Alagoas é o início de uma ação maior com o objetivo de erradicar a doença nos estados que compõem a Zona Não Livre do Brasil, conforme prevê o Plano Estratégico Brasil Livre de PSC, onde as responsabilidades são compartilhadas entre o setor público e privado.
“O Mapa também já investiu na contratação de consultorias técnicas com o objetivo de auxiliar na avaliação das melhores estratégias para a aquisição de vacinas contra a doença e ampliação da imunização em outras UFs do Nordeste, considerando o cenário produtivo e socioeconômico da região’’, ressalta Moraes
A PSC, também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta somente suínos domésticos e selvagens, não sendo transmissível a humanos. Os principais sinais clínicos são febre alta, lesões avermelhadas na pele, conjuntivite, falta de apetite, fraqueza, diarreia e aborto.
Além de Alagoas, outros dez estados fazem parte da zona não livre da doença: Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima.
Zonas Livres de PSC
As Zonas Livres de PSC do Brasil são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e a vacinação é proibida.
A região concentra mais de 95% de toda a indústria suinícola do Brasil. Toda a exportação brasileira de suínos e seus produtos são oriundas da zona livre, que incorpora 15 estados brasileiros e o Distrito Federal (RS, SC, PR, MG, SP, MS, MT, GO, DF, RJ, ES, BA, SE, TO, RO e AC) e não registra ocorrência da doença de PSC desde janeiro de 1998.
Abertura de mercado
Recentemente, o México, que é um dos principais destinos das exportações globais de carne suína, abriu mercado para carne suína brasileira, assim como outros mercados exigentes como os EUA, Japão, Coreia do Sul, Hong Kong e Chile.
A carne suína do Brasil é reconhecida internacionalmente pela alta qualidade, inocuidade e competitividade. Todo animal ou rebanho contaminado tem que ser abatido
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Além dos padrões de qualidade e competitividade, o fortalecimento da condição sanitária da suinocultura e da capacidade de certificação dos serviços veterinários são fundamentais para a manutenção e a abertura de mercados para a carne suína brasileira.
Da Redação com Mapa