20/10/2022 às 09h37min - Atualizada em 20/10/2022 às 09h37min

Indicador de preço ao produtor tem queda de 0,1% de janeiro a setembro

O Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/Cepea) registrou ligeira queda de 0,1% de janeiro a setembro, em comparação ao mesmo período em 2021. Especificamente no trimestre de julho a setembro, o IPPA/Cepea apresentou crescimento de 0,7% comparado ao trimestre anterior (de abril a junho), informam os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).

Conforme os pesquisadores do Cepea, essa leve variação se deve ao contrabalanceamento nas oscilações dos índices de grupos de alimentos. Nos nove primeiros meses de 2022, enquanto o IPPA-Grãos e o IPPA-Pecuária recuaram respectivos 3,9% e 3,4%, ante igual período do ano passado, o IPPA-Hortifrutícolas e o IPPA-Cana-Café avançaram 17,8% e 19,3%, respectivamente.

De acordo com o Cepea, a retração observada no Índice de grãos esteve atrelada às desvalorizações do arroz, do milho e da soja. Para o Índice de pecuária, as quedas (sobretudo nos preços da arroba bovina e também do suíno) influenciaram o resultado negativo da parcial de 2022. Já a forte variação positiva observada no índice de hortifrúti se deve aos expressivos avanços nas cotações da batata, tomate, banana e uva. O IPPA-Cana-Café avançou por causa das elevações nos preços dos dois produtores.

Na comparação entre o segundo e terceiro trimestres de 2022, o cenário foi de queda para o IPPA-Grãos, de 3%, ao passo que o IPPA-Pecuária subiu 4,9% e o IPPA-Hortifrutícolas 19,7%. Já o IPPA-Cana-Café permaneceu praticamente estável, com ligeira baixa de 0,04%.

No período, a baixa do Índice de grãos foi resultado das quedas observadas nos preços do algodão em pluma, do milho, da soja e do trigo. O Índice de pecuária foi sustentado pelas valorizações do suíno, do leite e dos ovos. O Índice de hortifrúti, por sua vez, foi impulsionado pelas elevações nos valores da banana, laranja e uva e o formado por cana e café, pelo avanço nas cotações do segundo produto, tendo em vista que a cana se desvalorizou no período.

Da Redação, com Agência Estado

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