Arroba do boi gordo sobe em todo o país com demanda firme e compras da indústria

Indústrias se antecipam ao feriado e movimentam o mercado; exportações e consumo interno mantêm ritmo forte

- Da Redação, com Canal Rural
16/04/2025 08h52 - Atualizado há 2 dias
Arroba do boi gordo sobe em todo o país com demanda firme e compras da indústria
Foto: Breno Lobato / Embrapa

O mercado físico do boi gordo registrou alta generalizada nos preços nesta terça-feira (15), refletindo a combinação de escalas de abate apertadas e demanda firme tanto no mercado interno quanto externo. Com média nacional de cinco a seis dias úteis para os abates, os frigoríficos vêm acelerando as compras para se antecipar à desaceleração esperada no ritmo das negociações com o feriado prolongado.

Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, o cenário ainda indica espaço para novos reajustes nos próximos dias. “A indústria acelera as tentativas de compra pensando no período de feriado que deve quebrar o ritmo das negociações. A demanda permanece bastante aquecida, em especial a relacionada à exportação, com embarques contundentes no primeiro trimestre, marcando a maior quantidade de carne bovina embarcada na história para o período”, destaca.

Em São Paulo, a arroba do boi gordo fechou com preço médio de R$ 333 (contra R$ 328,67 na véspera). Goiás permeneceu praticamente estável com R$ 321,96, assim como Minas Gerais com R$ 320,88. Mato Grosso do Sul registrou valor de R$ 328,75, um avanço substancial com relação aos R$ 322,61 do dia anterior. Por fim, Mato Grosso ficou em R$ 331,35 (frente aos R$ 330,61 registrados anteriormente).

Mercado atacadista

No mercado atacadista, os preços da carne bovina permanecem estáveis, mas a expectativa é de alta nos próximos dias, impulsionada pelo bom ritmo de vendas observado na primeira quinzena de abril e pelo aumento da procura com a proximidade do feriado.

“Soma-se a isso o bom potencial de consumo para o feriado prolongado que se avizinha. Assim, é provável que diante de um acelerado escoamento da carne haja uma maior necessidade de compra dos frigoríficos na retomada das negociações durante a terça-feira”, avaliou Iglesias.

Entre os cortes, o quarto dianteiro segue cotado a R$ 20 o quilo, o traseiro permanece em R$ 26 e a ponta de agulha continua sendo vendida a R$ 18 por quilo.


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