O engenheiro agrônomo e analista de mercado da Scot Consultoria, Alcides Torres, acredita que o mercado do boi gordo começa a fazer uma curva de resistência contra a queda que viveu nos últimos tempos. Os indicadores são preços firmes na praça paulista e altas que começam a ser registradas nas praças do Brasil Central. Torres acredita que o movimento de queda dos últimos dias deixou de existir.
A praça paulista começa a se estabilizar. Ela é a referência de preços para as outras praças brasileiras. No Brasil Central ele diz que há compradores pagando mais caro pela arroba do boi gordo.
O ímpeto de quedas perdeu força e se encaminha para a estabilidade, acredita. “O mercado está num período de transição”, diz. Para Torres, a oferta exuberante de boiadas para abate diminuiu e o inverno vai acentuar essa tendência.
Para a semana que vem, as ofertas tendem a ficar escassas com as pastagens em degradação por causa do clima. Com isso, ele aguarda uma recuperação dos preços. Portanto, as perspectivas para a semana que vem devem ser essas, na medida que não há nada de novo que possa reverter a situação. “Não há nenhum fundamento vigente que faça com que esse cenário mude”.
Outro dado que mexe com o mercado, segundo ele, é a liberação pela China, dos frigoríficos brasileiros que estavam proibidos de exportar para aquele país. “Influencia psicologicamente o mercado”, crê.
Da Redação