Conselho Exportador do Brasil, Nicolas Rueda, afirma que o Brasil tem estoques de café suficientes para garantir o abastecimento, apesar dos problemas climáticos que o setor enfrentou em 2021, segundo informa o site especializado em economia, MoneyTimes.
Ele diz que “este não é um momento de estoques altos, mas são suficientes para atender a indústria local e internacional”. Com a boa safra de 2020-2021 “foi possível acumular bastante o produto".
Segundo o MoneyTimes, o comentário de Rueda indica que faltam no Brasil dados mais claros e atuais do produto que está armazenado em armazéns para o Arábica.
Os estoques monitorados pela bolsa ICE Futures nos EUA estão no menor nível em 22 anos.
Ainda assim, após os problemas climáticos e a crise que se seguiu também por causa da pandemia fez com que os contratos futuros do Arábica saltaram e Nova Iorque para o maior patamar em uma década.
As commodities contribuem para a elevação do custo de vida em todo o mundo. Com o café, a situação não é diferente.
Os últimos dados sobre o estoque brasileiro são de maio de 2020 projetados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam 13 milhões de sacas em armazéns. No entanto os dados são ultrapassados e não se sabe o que acontece na essa área, neste momento.
Para Rueda, o nosso maior problema não é a oferta do produto, mas a logística para o seu escoamento. Há escassez de contêineres e o transporte terrestre dificulta a chegada do produto em importantes regiões importadoras dos Estados Unidos. Faltam caminhoneiros.
“Todo o processo logístico perdeu equilíbrio e para recuperar vai demorar um tempo”, disse Rueda. Ele também é o diretor para a América do Sul e América do Norte da Volcafe. Uma das maiores tradings do segmento.
O site informa ainda que “o Brasil exportou 2,8 milhões de sacas de café arábica em janeiro, representando um recuo de 10% em relação a um ano antes”.
Da Redação