A Coreia do Sul anunciou a isenção de tarifa de importação para uma cota de 10 mil toneladas de carne suína brasileira, conforme informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) na última sexta-feira (2). A decisão, que exclui o corte de barriga suína, visa reduzir os custos de alimentos no país asiático e pode aumentar significativamente os embarques do Brasil para esse mercado estratégico.
Atualmente, apenas o estado de Santa Catarina está autorizado a exportar carne suína para a Coreia do Sul, devido ao seu status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação. A ABPA espera que outros estados, como Paraná e Rio Grande do Sul, também obtenham esse reconhecimento, ampliando a capacidade de exportação brasileira.
A Coreia do Sul é o quarto maior importador mundial de carne suína, com consumo per capita de aproximadamente 29 quilos. No primeiro trimestre deste ano, o país importou 3,7 mil toneladas de carne suína do Brasil, volume que pode aumentar com a nova cota isenta de tarifa.
Segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin, a medida é um sinal positivo para as exportações brasileiras, especialmente em meio às negociações para o reconhecimento de outros estados como livres de aftosa sem vacinação.
"A cota é uma oportunidade para gerar divisas importantes para o setor produtivo, que enfrenta grandes dificuldades neste momento", afirmou Santin.
A isenção de tarifa sobre a cota de 10 mil toneladas deve impulsionar a presença do Brasil no mercado sul-coreano, fortalecendo a posição do país como fornecedor global de proteína animal.