O mercado físico do boi gordo registrou nova valorização nesta quarta-feira (6), mantendo a tendência de alta observada no início de agosto. Com escalas de abate curtas e demanda aquecida pelo Dia dos Pais, os frigoríficos enfrentam dificuldades para adquirir animais, fator que pressiona os preços da arroba para cima.
De acordo com Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras & Mercado, a expectativa é de que o Brasil registre recorde nas exportações de carne bovina nesta temporada mesmo diante de entraves tarifários em alguns mercados externos. A demanda internacional, segundo ele, segue firme.
Em São Paulo, a arroba teve preço médio de R$ 303,67. Goiás e Minas Gerais apresentaram valor de R$ 292,14 e R$ 295, respectivamente. Por fim, o mercado fechou em R$ 308 no Mato Grosso do Sul e R$ 298 no Mato Grosso
No atacado, os cortes também apresentaram leve alta: o dianteiro foi vendido a R$ 17,80/kg (acréscimo de R$ 0,30), o traseiro a R$ 22,40/kg e a ponta de agulha a R$ 17/kg.
As exportações brasileiras de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada somaram 276.879 toneladas em julho, com uma média diária de 12.038 toneladas. A receita totalizou US$ 1,536 bilhão, equivalente a uma média de US$ 66,824 milhões por dia. O preço médio por tonelada foi de US$ 5.551.
Na comparação com julho de 2024, o desempenho foi expressivo: alta de 46,9% na média diária da receita, crescimento de 16,7% no volume exportado e avanço de 25,9% no preço médio por tonelada. O bom desempenho das exportações, somado à demanda interna em alta, sustenta o movimento de valorização dos preços e indica continuidade do cenário positivo para o setor no curto prazo.
