O mercado físico do boi gordo voltou a registrar na quarta-feira (24) tentativas de compra em patamares mais baixos. Segundo Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado, esse movimento ocorre devido às escalas de abate relativamente confortáveis dos frigoríficos e à boa entrada de animais confinados. Na região Norte, a oferta de fêmeas é evidenciada, pressionando ainda mais os preços da arroba. Por outro lado, o cenário de queda vem perdendo intensidade em determinados estados.
Iglesias ressalta que o quadro traçado em relação aos Estados Unidos ainda é preocupante para o setor, considerando o adicional tarifário de 50% que inviabiliza a entrada de carne bovina brasileira no mercado norte-americano.
As cotações da arroba do boi foram: São Paulo, R$ 293,07 (ante R$ 294,37 de ontem); Goiás, R$ 276,14; Minas Gerais, R$ 282,35; Mato Grosso, R$ 295,68; e Mato Grosso do Sul, R$ 293,73.
O mercado atacadista apresenta acomodação em seus preços no decorrer da quarta-feira. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere uma queda das cotações no curtíssimo prazo, considerando a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês. Além disso, a carne de frango segue muito mais competitiva em comparação com as proteínas concorrentes, em especial se comparada à carne bovina.
O quarto dianteiro e a ponta de agulha mantiveram-se no patamar de R$ 17,50 o quilo. O dólar comercial encerrou a sessão com queda de 0,79%, sendo negociado a R$ 5,52 para venda e a R$ 5,52 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,51 e a máxima de R$ 5,57.