O mercado físico do boi gordo manteve seu padrão de negócios nesta terça-feira (22), com os preços da arroba ainda sob influência do adicional tarifário recentemente imposto pelos Estados Unidos.
Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado, explica que o mercado norte-americano teve um papel relevante nas compras de carne bovina do Brasil no primeiro semestre de 2025, absorvendo grandes volumes. A futura ausência dessas negociações impacta o mercado doméstico.
A entrada de animais confinados no mercado é outro fator que contribui para a estabilidade. Isso tem permitido que os frigoríficos não enfrentem dificuldades na composição de suas escalas de abate, o que, por sua vez, influencia a formação dos preços da arroba.
A média da arroba do boi gordo em São Paulo foi de R$ 294,37, em Goiás, R$ 276,21, em Minas Gerais, R$ 281,76, em Mato Grosso do Sul, R$ 295,80, e em Mato Grosso, R$ 294,04.
No mercado atacadista, o padrão de negociações também se manteve. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios sugere uma queda nas cotações no curtíssimo prazo, considerando a reposição mais lenta entre atacado e varejo na segunda quinzena do mês.
Além disso, a carne de frango continua sendo uma alternativa muito mais competitiva em comparação com outras proteínas, especialmente a carne bovina, o que adiciona pressão sobre os preços. O quarto dianteiro e a ponta de agulha mantiveram o patamar de R$ 17,50 por quilo.