O mercado físico do boi gordo registrou nova onda de valorização nesta quinta-feira (12), com destaque para o estado de Minas Gerais, onde a arroba subiu quase R$ 10 em relação à cotação anterior. A alta foi impulsionada pela forte demanda do mercado externo e pela escassez de animais jovens para abate.
Segundo o analista Fernando Iglesias, da Safras & Mercado, o cenário indica que os preços devem seguir firmes no curto prazo. As escalas de abate seguem curtas na média nacional, variando entre cinco e seis dias úteis, o que pressiona ainda mais os frigoríficos na disputa por animais prontos.
A exportação de carne bovina permanece em ritmo forte, contribuindo para manter o mercado aquecido. Iglesias ressalta que o país caminha para bater recorde na atual temporada de vendas externas, fator que sustenta o movimento de alta observado nas últimas semanas.
As cotações médias da arroba do boi gordo nesta quinta foram: São Paulo a R$ 319,92; Goiás a R$ 303,39; Minas Gerais a R$ 310,29; Mato Grosso do Sul a R$ 318,18; e Mato Grosso a R$ 315,47. Em todos os estados, os preços subiram em relação ao dia anterior.
No mercado atacadista, os preços da carne bovina permaneceram estáveis ao longo do dia. Para a próxima semana, a expectativa é de pouco espaço para novas altas, em função da tradicional queda de consumo na segunda quinzena do mês. Iglesias aponta que, em 2025, o consumidor brasileiro tem dado preferência a proteínas mais baratas, como carne de frango, ovos e embutidos.
Entre os cortes, o quarto traseiro segue cotado a R$ 24,50 por quilo, o quarto dianteiro a R$ 19,50 e a ponta de agulha a R$ 18,50. Esses valores refletem um mercado que, apesar do bom momento nas exportações, enfrenta resistência interna à elevação de preços no varejo.