21/09/2021 às 07h09min - Atualizada em 21/09/2021 às 12h46min

PIB do agronegócio cresce 9,81% nos primeiros seis meses do ano, indica Cepea

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 9,81% nos primeiros seis meses de 2021, segundo levantamento do Centro de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Cepea), da escola de Economia da Esalq/Usp, Piracicaba. A pesquisa é patrocinada pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

A participação do Produto Interno Brasileiro (PIB) do agronegócio deverá representar 30% de todo o PIB brasileiro, incluindo serviços, comércio e indústria. A locomotiva do PIB do agronegócio é a agricultura. O setor pecuário teve queda no primeiro semestre do ano.

Agricultura

O PIB agrícola saltou 14,46% em seis meses em todos os segmentos. Pesquisadores do Cepea identificam no setor primário da economia (agricultura) se destacou com resultados no campo e pela valorização do patamar dos preços agrícolas. Limitaram o crescimento ainda maior os custos de insumos, e a variação climática que atingiu diferentes culturas em regiões distintas.

Agroindústria

Nesses seis meses também tivemos a recuperação da produção agroindustrial e o incremento do agrosserviço. A agroindústria começou a acelerar sua produção a partir de abril. Se destacaram a produção e móveis de madeira, papel e celulose, setor têxtil e vestuário, produtos em conserva e bebidas. Os preços reais favoreceram os resultados.

O agrosserviço também se expandiu com força, puxado pelo desempenho do campo, à recuperação agroindustrial e contribuiu para o uso de diversos serviços, que foi do de transporte até os financeiros, passando por serviços financeiros, jurídicos e contábeis.

PIB Pecuário

Na área, destoa a PIB pecuário. Ele recuou 2,18% nos primeiros seis meses. Os motivos foram o preço dos insumos, dentro da porteira, na agroindústria ou no agrosserviço. No segmento primário da pecuária, o PIB cresceu modestamente. Animais vivos e o leite ajudaram. A alta dos custos foi mais intensa que os valores dos produtos. Também influencia nos dados o menor volume de bovinos no campo (item que tem maio peso no PIB pecuário) em contrapartida ao aumento de aves e do rebanho suíno.

A tendência de queda no PIB pecuário não foi diferente na agroindústria. No caso, a intensidade da desaceleração foi ainda maior. “Em geral, as elevações das matérias-primas não puderam ser repassadas em mesma medida aos preços negociados, diante da fragilização da demanda doméstica, causando um estreitamento das margens. Além disso, o abate de bovinos reduziu, devido à escassez de bois no campo. Nos agrosserviços, o recuo do PIB no ramo pecuário também refletiu o comportamento a montante”, diz a assessoria da instituição.

Da Redação.

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