11/11/2024 às 10h59min - Atualizada em 11/11/2024 às 10h59min
Escalas de abate curtas voltam a impulsionar alta na arroba do boi gordo
Mercado físico registra preços elevados, enquanto exportações batem recordes históricos
- Da Redação, com Canal Rural
Foto: Pixabay O mercado do boi gordo encerrou a última semana com altas impulsionadas pelas escalas de abate reduzidas, que atualmente variam de quatro a seis dias úteis, abaixo da média habitual de oito a nove dias, na sexta-feira (8). Segundo Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, essa restrição deve seguir influenciando a elevação dos preços no curto prazo, visto que os frigoríficos enfrentam o período mais crítico desde o primeiro semestre de 2022. Na capital de São Paulo, a arroba foi cotada a R$ 330, representando um aumento de 1,54% em relação aos R$ 325 da semana passada. Em Goiânia, Goiás, o preço chegou a R$ 320, com alta de 1,59% frente aos R$ 315 anteriores. Em Uberaba, Minas Gerais, o valor permaneceu estável em R$ 320.
Em Dourados, Mato Grosso do Sul, o preço também ficou inalterado, a R$ 320. Em Cuiabá, Mato Grosso, a cotação subiu para R$ 315, com um aumento de 1,61% sobre os R$ 310 registrados na semana passada. Em Vilhena, Rondônia, o valor da arroba foi de R$ 305, alta de 1,67% em comparação aos R$ 300 anteriores.
No mercado interno, a carne bovina segue com cotações elevadas, embora o consumo seja limitado pelo poder de compra reduzido da população, que tende a migrar para proteínas mais acessíveis, como frango e ovos.
A demanda externa também reforça o cenário de elevações. As exportações brasileiras de carne bovina alcançaram US$ 1,095 bilhão em outubro, com um volume recorde de 236,197 mil toneladas, superando os resultados de 2023 em 40,2% no volume e 41,5% em valor médio diário. O preço médio da tonelada de carne exportada foi de US$ 4.638,10, refletindo a forte demanda e os altos preços no mercado global.