O mercado físico do boi gordo iniciou a semana com discreta movimentação. Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, muitas indústrias frigoríficas preferiram se manter afastadas das compras nesta segunda-feira (7), avaliando com cautela as estratégias para aquisição de gado ao longo dos próximos dias.
“Vale destacar que as indústrias ainda se deparam com relativo conforto em suas escalas de abate, posicionadas entre sete e nove dias úteis na média nacional”, observou Iglesias. Ele também apontou que a disponibilidade de animais terminados em regime intensivo continua sendo uma variável relevante, ao mesmo tempo em que o Brasil caminha para mais um recorde de exportações de carne bovina na temporada de 2025.
De acordo com dados médios, a arroba do boi gordo na segunda foi cotada em R$ 310,33 em São Paulo, R$ 290,89 em Goiás, R$ 299,12 em Minas Gerais, R$ 310,68 em Mato Grosso do Sul e R$ 314,73 em Mato Grosso.
No mercado atacadista, os preços permanecem firmes, mas há expectativa de maior espaço para reajustes na segunda semana do mês, impulsionados pela entrada dos salários na economia, o que deve estimular a reposição entre o atacado e o varejo. O quarto traseiro continua cotado a R$ 23,00 por quilo, o dianteiro a R$ 18,50 e a ponta de agulha em R$ 18,00.
Apesar disso, Iglesias ressaltou que o consumidor final ainda prioriza o consumo de proteínas mais baratas, como o frango, o que limita uma reação mais expressiva nos preços da carne bovina. No câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 1%, negociado a R$ 5,4788 para venda, após oscilar entre R$ 5,4378 e R$ 5,4838 durante o dia.
