​Preço do boi gordo sobe 9,1% na primeira quinzena de outubro

Alta dos preços deve permanecer no cenário de curto prazo

Foto: Divulgação / Mapa

A escassez de animais prontos para abate tem provocado novos aumentos nos preços do boi gordo em várias regiões do país, conforme levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Na primeira quinzena de outubro, o Indicador do boi gordo registrou alta acumulada de 9,1%, encerrando o período a R$ 299,25 no dia 15.
 
Em São Paulo, as negociações variaram entre R$ 291 e R$ 310 à vista (com desconto do Funrural). Valores superiores a R$ 290 também foram captados no Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás, com algumas operações nestes dois últimos estados ultrapassando os R$ 300.
 
O mercado de carne bovina também registrou valorização significativa. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça casada com osso acumulou alta de 11,7% nos primeiros 15 dias de outubro, segundo dados do Cepea.

Mercado se mantém superaquecido
 
O mercado físico do boi gordo voltou a registrar novos aumentos nos preços nesta quarta-feira (16)Segundo a consultoria Safras & Mercado, as condições atuais indicam que essa tendência deve se manter no curto prazo, especialmente devido às escalas de abate, que se encontram em uma das piores posições da temporada.
 
Em São Paulo, o valor médio chegou a R$ 306,75; em Goiás, R$ 299,29; em Minas Gerais, R$ 302,94; em Mato Grosso do Sul, R$ 304,89; e em Mato Grosso, R$ 276,96.
 
No mercado atacadista, a alta também foi observada nos preços. O quarto dianteiro subiu para R$ 18,20 por quilo, o quarto traseiro para R$ 23,20, e a ponta de agulha manteve-se em R$ 17,25 por quilo. A valorização das carnes bovinas pode influenciar também as proteínas concorrentes, como o frango, que deve seguir essa mesma trajetória de alta.