24/09/2024 às 11h12min - Atualizada em 24/09/2024 às 11h12min

Capacidade de processamento de oleaginosas supera 72 milhões de toneladas em 2024

Aumento de 4,5% em relação a 2023 e investimentos de até R$ 5,76 bilhões são destaques do setor

- Da Redação, com Safras & Mercado
Foto: Agricultura/Governo do Tocantins
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) revelou um cenário de crescimento no setor com os resultados da Pesquisa de Capacidade Instalada das Indústrias de Óleos Vegetais para 2024. A capacidade total de processamento de oleaginosas no Brasil atingiu 72,3 milhões de toneladas, um aumento de 4,5% em comparação ao volume registrado em 2023, que foi de 69,2 milhões de toneladas.
 
O levantamento também mostrou avanços no número de empresas e unidades industriais. Em 2024, o setor conta com 67 empresas de processamento, contra 63 no ano anterior, um crescimento de 6,3%. O número de plantas ativas também subiu, passando de 106 para 113 unidades (+6,6%), enquanto as plantas paradas diminuíram de 22 para 19 (-13,6%).
 
A pesquisa aponta um crescimento regional significativo, especialmente no Centro-Oeste, que é responsável por quase 44% da capacidade total de processamento de oleaginosas no Brasil. A região viu um aumento de capacidade, passando de 92.790 toneladas por dia em 2023 para 95.964 t/dia em 2024. O Mato Grosso segue como o estado com maior destaque, sendo responsável por 22% da capacidade nacional, com 47.774 t/dia.
 
Além do aumento no processamento de oleaginosas, a pesquisa também apresentou dados sobre o refino e envase. A capacidade total de refino aumentou para 23.343 t/dia, um avanço de 4,3% em relação ao ano passado, enquanto a capacidade de envase apresentou uma ligeira queda de 1,2%, chegando a 13.673 t/dia. Apesar da redução no número de plantas ativas para refino (de 47 para 47 unidades), a capacidade de refino em plantas ativas cresceu 5,5%, totalizando 20.912 t/dia.
 
Os investimentos no setor de óleos vegetais também são promissores. A ABIOVE estima que, nos próximos 12 meses, a indústria deve investir R$ 5,76 bilhões. Esse montante inclui a construção de cinco novas esmagadoras e a expansão de cinco unidades já existentes, o que poderá gerar um incremento total de 19.350 t/dia na capacidade de processamento do país. 

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