17/09/2024 às 09h56min - Atualizada em 17/09/2024 às 09h56min

​Governo destinará US$ 1,3 bilhão para recuperação de pastagens até fim do ano

Recursos do Fundo Clima serão usados para converter regiões degradadas em áreas agricultáveis

- Da Redação, com Canal Rural
Foto: Divulgação / Agência Brasília
O governo federal anunciou a destinação de aproximadamente US$ 1,3 bilhão do Fundo Clima para o Programa Nacional de Recuperação de Pastagens Degradadas com o objetivo de converter áreas degradadas em terras agricultáveis. Os recursos estarão disponíveis para os produtores rurais até o final do ano, oferecendo condições atraentes com juros de até 6,5% ao ano, prazo de pagamento de dez anos e carência.
 
Carlos Ernesto Augustin, assessor especial do Ministério da Agricultura, revelou que a captação dos recursos será feita por meio do Eco Invest Brasil, programa de hedge cambial da Secretaria do Tesouro Nacional que visa atrair investimentos externos focados na transformação ecológica. O Tesouro Nacional já reservou US$ 1 bilhão, que pode alcançar US$ 1,3 bilhão com a participação dos bancos.
 
Augustin destacou que o programa é uma das prioridades do Ministério da Agricultura para dobrar a produção de alimentos do Brasil sem expandir as áreas agrícolas. A expectativa é que os recursos permitam a recuperação e conversão de aproximadamente 1 milhão de hectares, introduzindo práticas de agricultura de baixo carbono.
 
O regramento específico para o edital de recuperação de pastagens está sendo elaborado, com uma abordagem de “blended finance”. Este modelo combina recursos públicos do Fundo Clima com investimentos privados, promovendo um leilão para os bancos financiarem os projetos. Além disso, a Embrapa está desenvolvendo normas técnicas que incluirão práticas como o plantio direto e o uso de bioinsumos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
 
O projeto do governo visa converter 40 milhões de hectares de áreas degradadas em áreas produtivas em um período de dez anos. O custo médio estimado para a conversão é de US$ 3 mil por hectare, totalizando um investimento potencial de até US$ 120 bilhões (equivalente a R$ 600 bilhões). Esse valor cobre correção do solo, adequação ambiental e outros custos relacionados.
 
Ainda, o governo está buscando reduzir a variação cambial para receber investimentos internacionais adicionais. A Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jika) já se comprometeu a aportar entre US$ 300 milhões e US$ 500 milhões no programa brasileiro.

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