11/09/2024 às 10h49min - Atualizada em 11/09/2024 às 10h49min

​Mais Arrobas com diferentes tipos de DDG

João Menezes
Foto: João Menezes
 A produção de etanol de milho tem se consolidado e a oferta dos diferentes coprodutos da fermentação tem aumentado, porém nem todos os produtos são iguais e suas características mudam de uma planta para outra. Entre os principais produtos temos o DDG (grãos destilados secos), DDGS (grãos destilados secos + solúveis), WDG (grãos destilados úmidos) e WDGS (grãos destilados úmidos + solúveis), além do CDS (solúveis condensados ou xarope). A qualidade refletirá no preço, frete e no desempenho animal.

Os grãos destilados podem variar em composição, dependendo dos métodos de processamento e extração do etanol como também o tempo de secagem. Quando os grãos úmidos e os solúveis condensados forem combinados sem as etapas de secagem, o produto gerado é conhecido como WDGS. Os WDGS normalmente contêm 65-70% de umidade.

A produção de DDGS segue o mesmo processo que o WDGS, no entanto, uma etapa adicional de secagem é incluída. Os DDGS tradicionais apresentam de 10 a 12% de umidade. A secagem adicional aumenta a uniformidade do produto, bem como seu prazo de validade, permitindo transporte adicional a confinamentos mais distantes.

Com o intuito de melhorar a eficiência e aumentar os rendimentos na produção de etanol, as usinas buscam por novas tecnologias que visem reduzir seus custos e produzir novos coprodutos destinados à alimentação animal. Uma destas tecnologias é o fracionamento do grão milho antes da fermentação, o qual consiste em separar a fração fibrosa do grão (pericarpo) dos demais componentes (gérmen e endosperma). Essa tecnologia aumenta a eficiência durante o processo de fermentação em virtude da maior concentração de amido do substrato passível de ser fermentado. O farelo (fibra) removido do grão pode ser combinado aos solúveis extraídos durante a centrifugação (CDS) da vinhaça dos grãos úmidos, resultando em um produto conhecido como Fibra mais solúveis e o material pode ser fornecido úmido (WDBS) ou seco (DDBS) aos animais.

Além de confinamentos, esses coprodutos podem também ser usados com sucesso na suplementação de animais em pastagens, melhorando o desempenho animal (Gráfico 1). Mesmo com o efeito substituição do consumo de pastagem pelo DDG, o desempenho animal melhora proporcionalmente à adição de DDG à dieta. Em regiões onde esses coprodutos chegam a preço econômicos, eles têm se mostrado como uma boa opção de uso na dieta.


Gráfico 1 - DDGS para animais em crescimento (Griffin et al., 2012 citados por Santos, 2024).

As pesquisas sobre os diferentes produtos que resultam dos vários processos de produção têm avançado e os resultados têm se mostrado muito favorável ao seu uso. Em confinamentos e suplementos já tem seu uso consolidado e com o aumento de testes em pastagens teremos cada vez mais dados para uso dessa importante fonte de energia e proteína, porém o usuário deve se ater a forma como ele foi produzido e ter o cuidado de analisar o produto que chega em sua propriedade.

O uso dos coprodutos da fabricação de etanol de milho está se consolidando como uma importante fonte para alimentação animal.

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