25/09/2024 às 10h15min - Atualizada em 25/09/2024 às 10h15min

Mais arrobas com peptidios

João Menezes
Foto: Arquivo pessoal
O uso de aditivos na produção agropecuária, especialmente na nutrição de bovinos, tem sido cada vez mais frequente. Os resultados têm sido positivos e, a cada dia, novos produtos são testados. Um desses produtos novos são os peptídeos bioativos, moléculas orgânicas formadas pela junção de aminoácidos por meio de ligações peptídicas. Essas moléculas diferem entre si de acordo com o tipo de aminoácido presente. Os peptídeos oferecem diversos benefícios, muitos dos quais estão relacionados ao ganho de peso, ao melhor aproveitamento do alimento e à conversão alimentar.
 
Ruminantes, assim como outros animais, produzem muitos peptídeos antimicrobianos (AMPs) que atuam como barreiras naturais inatas, limitando doenças infecciosas microbianas. Esses peptídeos variam em tamanho e mecanismos de ação. Estudos demonstram que os AMPs podem afetar a produção de gás, o pH ruminal, a produção de metano e o perfil de ácidos graxos de cadeia curta em bovinos de corte em experimentos in vitro.
 
Assim, os peptídeos antimicrobianos (AMPs) têm ganhado importância como aditivos alimentares na nutrição de ruminantes, otimizando a disponibilidade de nutrientes ao reduzir bactérias Gram-positivas, uma vez que essas moléculas são mais ativas contra esse tipo de microrganismo. Além disso, um peptídeo pode ser mais resistente a proteases e atuar eficientemente em bactérias produtoras de metano. Esses peptídeos podem modular a eficiência nutricional do gado de corte, reduzindo a emissão de gás metano na atmosfera.


Tabela 1 – Resultados de experimento realizado pela APTA de Colina com peptídeos.
 
Algumas empresas já comercializam peptídeos com bons resultados (Tabela 1), melhorando o desempenho animal e os resultados da alimentação. Embora esses produtos ainda precisem de mais pesquisas para bovinos, há muitos estudos consolidados para não ruminantes. As pesquisas com bovinos têm se mostrado promissoras.

Há resultados mostrando que os peptídeos antimicrobianos podem melhorar o peso diário, o peso da carcaça e o peso líquido da carne dos animais experimentais. Além disso, o diâmetro das papilas do rúmen e a densidade micropapilar de animais tratados com AMP podem ser maiores do que aqueles encontrados em dietas sem eles. Além disso, a determinação de enzimas digestivas e parâmetros de fermentação mostra que os conteúdos de protease, xilanase e β-glicosídeo podem foram maiores em dietas com sua presença. Embora aumentem a imunidade, os problemas relacionados à resistência aos medicamentos também não estão associados a eles.
 
Os peptídeos têm se mostrado promissores e podem melhorar o desempenho de bovinos confinados.

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