A automação tem sido uma ferramenta muito importante para melhoria da produtividade, não tanto pela substituição da mão de obra, mas pela melhora da eficiência, diminuição de erros e aumento do rendimento operacional. Com a maior oferta de sistemas e máquinas que operam muitas funções de maneira automatizada, está chegando cada vez mais próximo de se conseguir que a ração consumida seja o mais próximo possível da formulada.
A automação agropecuária pode ser entendida como um sistema no qual os processos operacionais de produção agrícola, pecuária e/ou florestal são monitorados, controlados e executados por meio de máquinas e ou dispositivos mecânicos, eletrônicos ou computacionais, para ampliar a capacidade de trabalho humano.
Um dos principais desafios enfrentados pelos produtores de gado de corte é garantir que a ração consumida pelos animais se aproxime o máximo possível daquela formulada (Figura 1). Isso é crucial, pois a dieta correta é determinante para a saúde do rebanho e para a maximização da conversão alimentar, refletindo diretamente na produtividade e na rentabilidade da propriedade. Com a automação, torna-se viável o monitoramento em tempo real da ingestão de ração, ajustando a distribuição e as quantidades oferecidas conforme as necessidades dos animais.
Figura 1 - Efeito da mudança de ingredientes na dieta de animais confinados, em kg/dia.
Por exemplo, sistemas de alimentação automatizados, como os vagões automatizados, permitem a individualização da dieta por baia, garantindo que cada animal receba a quantidade exata de nutrientes de acordo com seu peso, idade e estágio de crescimento. Essas máquinas utilizam tecnologia de pesagem e sensores para avaliar a ração misturada e a consumida e, em casos de não conformidade, podem ajustar automaticamente as porções a serem oferecidas.
Outro exemplo é a utilização de software de gestão, que integra dados de diferentes fontes, como o desempenho do rebanho e a qualidade da dieta, permitindo uma tomada de decisão mais informada e ágil. A análise desses dados pode indicar, por exemplo, o momento ideal para substituição ou ajustes na formulação da ração, contribuindo para uma alimentação mais balanceada e eficiente.
Outro ponto a ser destacado é a interconexão das máquinas e sistemas. Com a popularização da Internet das Coisas (IoT), é possível que os equipamentos se comuniquem entre si, otimizando ainda mais o processo de alimentação. Um sistema pode informar a outro quando um determinado grupo de animais precisa de ração, permitindo uma operação mais integrada e coordenada.
Por fim, é importante frisar que a automação na pecuária não é uma solução isolada, mas deve ser parte de um plano de manejo que considere a saúde do solo, a qualidade da pastagem e o bem-estar animal. O uso dessas tecnologias, quando bem implementado, representa um avanço significativo na busca pela eficiência produtiva, alinhando as necessidades do produtor às exigências do mercado, sempre com foco na sustentabilidade e na melhoria contínua.
A automação, forma técnica, tem se tornado cada vez mais acessível, tornando possível que seus impactos positivos impactem na produtividade da pecuária.
Divulgação: Pecuaria de alta performance
